Alimentação Natural Para Cães

Não é de hoje que a alimentação natural para cães é levada a sério por muitos tutores em todo o mundo. Muita gente acredita que este tipo de cuidado com os bichinhos é recente, mas não é verdade. Na realidade, o que é mais recente é o consumo de rações industrializadas, considerando que há algum tempo não tínhamos a possibilidade de simplesmente oferecer a ração seca como fonte única.

A ração, propriamente dita, na verdade, só começou a ser produzida e comercializada na década de 70. Mas, como você sabe, muito antes disso as pessoas já tinham os seus amados pets em casa, certo? Pois bem! Como a alimentação era feita naquela época? Como introduzir isto em uma rotina interessante para os dias atuais?

 

alimentação natural para cães

 

CONTEÚDO

Alimentação natural para cães

A alimentação natural para cães é uma ótima alternativa para quem está procurando alimentar o cãozinho de uma forma mais saudável e eficiente. Quando falamos em eficiência, estamos diretamente relacionando com questões que dizem respeito às fontes de proteínas, carboidratos e gorduras boas.

Ou seja, apenas das rações apresentarem composições bem balanceadas e interessantes, nos é claro que nem todas as marcas atingem êxito nestes ingredientes. Principalmente quando não sabemos como escolher a ração correta, de acordo com o porte do animal.

Por que alimentar com comida caseira?

Ficou claro que a alimentação caseira, quando bem feita, supre as maiores necessidades nutricionais do animal. E ainda: você poderá ter um controle ainda mais aprofundado do tipo de alimento que o seu animal ingere.

Consequentemente é possível evitar problemas de saúde, como por exemplo, questões relacionadas ao trato urinário. Além disso, as calorias ficam muito mais controláveis, evitando o desenvolvimento de quadros de obesidade, por exemplo.

Você mesmo poderá fazer a compra de todos os ingredientes, e assim elaborar um cardápio que seja condizente com as realidades do seu pet. Lembrando, obviamente, que só é possível classificar e enumerar estas necessidades de uma forma consistente, a partir do auxílio de um profissional qualificado.

Pois apenas de existirem certos “padrões” na alimentação destes animais, precisamos lembrar que sempre estamos tratando de um organismo único, com necessidades específicas. Podemos até calcular o valor, em gramas, da necessidade de consumo diário do bichinho. Mas, com relação a exatidão da quantidade de proteínas e outras vitaminas, apenas a partir da nutrição prescrita por um veterinário é que poderemos ter os subsídios essenciais para bons resultados.

 

 

Como calcular a quantidade certa?

Como mencionamos, é possível que você mesmo faça um cálculo super simples que delimitará uma média de consumo, em gramas, de alimentos naturais para o seu cão. Veja como fazer:

  1. Primeiramente, pese o seu cachorro. Por exemplo, vamos supor que ele tenha 10 quilos.
  2. Feito isso, multiplique este valor por 4%.
  3. Depois, é só alterar o resultado, colocando o valor antes da vírgula, para depois dela. Como no exemplo: 10 x 4% = 0,40 = 400 gramas.

Assim, você chega a conclusão que a média de consumo do seu cachorro será de 400 gramas de alimento natural por dia. E você poderá dividir esta quantidade em mais refeições, ok?

Quantas refeições por dia?

Você não precisa, necessariamente, entupir o seu cachorro com as 400 gramas em apenas uma refeição. Apesar de que ele provavelmente conseguirá comer tudo (eles sempre conseguem), não necessariamente ele terá uma ótima absorção de nutrientes dessa maneira.

O mais recomendado é que animais filhotes comam de 3 a 4 refeições por dia, enquanto os cachorros adultos façam pelo menos duas refeições. Assim, basta dividir o valor das gramas pela quantidade de refeições que você irá disponibilizar para o seu cão. E pronto.

 

 

O que oferecer?

Esta é a maior dúvida de quem está pensando em introduzir uma alimentação natural para cães. Afinal, o que oferecer para eles? Como fazer a preparação deste cardápio? Bem, como mencionamos, existem alguns padrões e alguns cálculos que podem nos ajudar a montar aquela alimentação balanceada para o nosso melhor amigo.

Mas, cada organismo é um organismo. Então lembre-se de utilizar os fatores que destacaremos a seguir apenas como uma média, e não como regra, ok? Lembre-se de sempre conversar com o seu veterinário.

De maneira geral, a alimentação precisa ser dividida em:

  • 30% carnes desossadas
  • 30% vegetais
  • 35% carboidratos
  • 5% vísceras

Mas, o que incluir, de fato, como comida, na alimentação do meu pet? Veja as nossas dicas:

  • Proteínas: peito de frango, coxa desossada, moela, coração sem gordura, lombo suíno, filé mignon suíno, músculo de boi, bife patinho, coxão mole e duro, ovos de galinha, pata, perua, cortes magros de cabrito, carne de rã, carne de coelho, filé de alguns peixes (converse com o seu veterinário antes de incluir peixe).
  • Carboidratos: Abobrinha, chuchu, rúcula, vagem, brócolis, inhame, beterraba, cenoura, mandioca, batata doce, ervilha, lentilha, arroz, entre outros.
  • Gorduras boas: óleo de peixe, óleo de coco, banha suína.
  • Vísceras: baço, rins, pulmão, coração, língua, fígado (bovino, suíno, de ave).

É muito importante que quando você for incluir as vísceras na dieta, você se atente a remoção da maior parte de gorduras. Caso contrário, este excesso poderá ser prejudicial à saúde do seu pet.

Além disso, a dica que damos é que você enfatize o consumo de coração, pois esta é uma das melhores vísceras que você pode oferecer para o seu pequeno amigo. Assim, você garante a saúde dele e o desenvolvimento saudável do seu organismo.

Como migrar para a alimentação natural para cães?

Toda mudança expressiva na rotina dos nossos pets precisa ser feita com cuidado e paciência. Você não pode simplesmente parar de dar a ração seca, para dar a comida caseira. Se assim fizer, poderá ter algumas frustrações: ou o cão não come nada, ou parecerá sempre faminto.

Mudanças repentinas também são responsáveis pelo desenvolvimento de ansiedade e estresse no animal. Portanto, a primeira regra é: comece devagar. Comece incluindo apenas 50 gramas de comida caseira, antes ou depois da ração. E assim, vá aumentando a quantidade dia após dia, sempre diminuindo a quantidade de ração.

Para resultados mais efetivos, não deixe de conversar com o veterinário. Assim você garante uma transição segura e saudável para o seu pequeno grande amigo.

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